A
Terra é uma coisa meio oval, dizem as evidências científicas. Pois é, engraçado
como a gente vive em uma bola, mas em nenhum momento sente como se estivesse de
cabeça para baixo. Será que não?
Esse
pensamento sobre estar de cabeça para baixo é uma daquelas coisas que costumam
fazer o cérebro esfumaçar. É como pensar no que veio antes do nada, ou no que
vem depois da morte. Mas, e se na verdade o sentir-se de ponta cabeça for o
padrão?
Percebam,
nós certamente estamos de cabeça para baixo. Ora, vivemos em uma bola! É
preciso estar de cabeça para baixo em algum momento, caso contrário a vida
seria inviável. Inviável pois a Terra não estaria rodando se não ficássemos de
cabeça para baixo em algum momento. Eis a questão. Ficar de ponta cabeça é o
normal, não o incrível.
Talvez
o fato de vivermos de cabeça para baixo nos impeça de ter sensações estranhas
sobre este fato. O ficar pendurado é o normal. Não sentimos incômodo porque
essa é a nossa posição padrão – de ponta cabeça. Sendo assim, quando nós
estamos “de cabeça para baixo”, em verdade estamos “na posição normal”.
Confuso, não é? Certamente.
O
que é legal notar, em toda esta loucura, é que é perda de energia ficar
pensando sobre estar de cabeça para baixo. Também é desperdício refletir acerca
do formato oval da Terra. Eu digo isso pois faz parte da natureza humana se
acostumar. Sendo assim, pouca diferença faz se estamos pendurados de ponta
cabeça ou imersos em uma bolha de ar. Iremos nos acostumar e essa condição fará
muito pouca diferença.
Por
isso, da próxima vez que você deliberar sobre o motivo de não estar se sentindo
em uma montanha russa agora mesmo, tente lembrar-se do cansaço que aquilo irá
gerar – ou não. Isso também não faz diferença. É um só um pensamento bobo e
desnecessário, como vários outros que passam nessa coisa louca que é a mente.
Aqui está a prova.
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